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“Não vai haver golpe. Não há apoio econômico, apoio da mídia, apoio internacional nem apoio das Forças Armadas. Minha geração de militares não é golpista como a geração do capitão Bolsonaro”, garante o coronel da reserva do Exército, Marcelo Pimentel Jorge, durante sua participação no primeiro episódio da temporada especial eleições 2022 do podcast Arrumadinho, da Marco Zero Conteúdo, sobre Como abortar o golpe?
Apesar das insistentes declarações de Bolsonaro e de seus ministros, incluindo o da Defesa, Pimentel Jorge é um dos que não acredita na possibilidade de uma articulação organizada para uma investida contra a democracia. Ele reconhece que o presidente “está tentando” desferir um golpe de Estado adaptando o “roteiro original” de Donald Trump no Capitólio, mas que não há clima entre os militares, pois a intenção dos generais era chegar ao poder e se manter através do voto.
Para Victória Genuíno, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e integrante da Frente Povo Sem Medo, também entrevistada no primeiro episódio do Arrumadinho, a resistência ao golpe não se limitou às movimentações dos juristas, a adesão de milionários à carta pela democracia, às pressões dos Estados Unidos ou à suposta falta de apetite golpista da nova geração de generais.
Para ela, os primeiros protestos dos estudantes em 2019 e as sucessivas manifestações “Fora Bolsonaro” foram responsáveis por barrar outras investidas conservadoras e mais cortes de direitos que chegaram a ser anunciados. “A principal lição que tiramos nas manifestações do Fora Bolsonaro foi a unidade da esquerda nesse período eleitoral visando a vitória de Lula. e fica como recado, que precisamos nos unificar ainda mais”, afirmou.
Genuíno confirmou que, no dia 11 de agosto, os movimentos populares pretendem voltar às ruas. A data é a mesma em que a carta pela democracia será lida no Largo de São Francisco, endereço na Faculdade de Direito de São Paulo.
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