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Coronel não vê adesão à golpe entre militares de sua geração e esquerda volta às ruas pela democracia

Marco Zero Conteúdo / 10/08/2022
Retângulo azul com balção cor de rosa com as palavras Fora Bolsonaro. Sobre o fundo azul, estão as palavras Como vamos abortar o golpe, em letras brancas, encimada pelas palavras Episódio 61 em letras azuis com contornos brancos.

“Não vai haver golpe. Não há apoio econômico, apoio da mídia, apoio internacional nem apoio das Forças Armadas. Minha geração de militares não é golpista como a geração do capitão Bolsonaro”, garante o coronel da reserva do Exército, Marcelo Pimentel Jorge, durante sua participação no primeiro episódio da temporada especial eleições 2022 do podcast Arrumadinho, da Marco Zero Conteúdo, sobre Como abortar o golpe?

Apesar das insistentes declarações de Bolsonaro e de seus ministros, incluindo o da Defesa, Pimentel Jorge é um dos que não acredita na possibilidade de uma articulação organizada para uma investida contra a democracia. Ele reconhece que o presidente “está tentando” desferir um golpe de Estado adaptando o “roteiro original” de Donald Trump no Capitólio, mas que não há clima entre os militares, pois a intenção dos generais era chegar ao poder e se manter através do voto.

Povo na rua no Dia do Estudante

Para Victória Genuíno, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e integrante da Frente Povo Sem Medo, também entrevistada no primeiro episódio do Arrumadinho, a resistência ao golpe não se limitou às movimentações dos juristas, a adesão de milionários à carta pela democracia, às pressões dos Estados Unidos ou à suposta falta de apetite golpista da nova geração de generais.

Para ela, os primeiros protestos dos estudantes em 2019 e as sucessivas manifestações “Fora Bolsonaro” foram responsáveis por barrar outras investidas conservadoras e mais cortes de direitos que chegaram a ser anunciados. “A principal lição que tiramos nas manifestações do Fora Bolsonaro foi a unidade da esquerda nesse período eleitoral visando a vitória de Lula. e fica como recado, que precisamos nos unificar ainda mais”, afirmou.

Genuíno confirmou que, no dia 11 de agosto, os movimentos populares pretendem voltar às ruas. A data é a mesma em que a carta pela democracia será lida no Largo de São Francisco, endereço na Faculdade de Direito de São Paulo.


O podcast Arrumadinho pode ser ouvido na plataforma Spotify e, agora, disponível também em formato de videocast, no canal do Youtube da Marco Zero Conteúdo.

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